Exames Nacionais 2021 Resultados 11O Ano. O que é o T4 livre?

TSH e T4 Livre [Resultados dos exames da tireoide] - úde

Essa forma de hipotireoidismo, originada na hipófise, é mais rara que o hipotireoidismo originado por problemas na tireoide. O raciocínio feito para o TSH baixo é o mesmo para o TSH elevado. Se há muita circulação de hormônio tireoidiano no sangue, a hipófise reduz a sua liberação de TSH, diminuindo o estímulo sobre a tireoide.

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__________________________________________________ Nos pacientes com hipotireoidismo, a hipófise precisa manter níveis de TSH mais elevados que o normal (acima de 4,5 ou 5 mU/L), de forma estimular constantemente a tireoide a aumentar a sua produção de T3 e T4. Na prática clínica, a dosagem de T4 livre acaba sendo, na maioria dos casos, mais útil que a dosagem de T3 ou T3 livre.

O que é o T4 livre?

Os níveis de TSH se elevam sempre que a glândula hipófise sente que há uma queda nos níveis de hormônio tireoidiano na circulação. O diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo, sejam eles clínicos ou subclínicos, é feito na maioria dos casos apenas com dosagem dos níveis de TSH e T4 livre. Eventualmente, os níveis de T3 livre podem ser solicitados em casos mais complexos.

Antes de explicarmos como interpretar os resultados destes dois hormônios, é preciso saber quais são os seus valores de referência (estes valores podem mudar discretamente de um laboratório para outro).

A atual técnica de detecção do TSH é chamada de TSH ultra sensível, pois ao contrário das primeiras gerações do exame, o método ultra sensível consegue detectar níveis tão baixos de TSH quanto 0,1 mU/L. O balanço entre os níveis de TSH e T4 livre é muito delicado.

A hipófise precisa manter sempre uma concentração de TSH ideal, de modo que ao mesmo tempo impeça a tireoide de produzir poucos hormônios, mas também não a estimule a produzi-los demais.

Se a tireoide anda muito funcionante, os níveis de TSH desabam, de forma a cessar o estímulo sobre a mesma. No hipertireoidismo subclínico, o TSH costuma estar abaixo de 0,4 mU/L, mas os níveis de T4 livre encontram-se normais. O paciente, portanto, não apresenta sintomas. Hipotireoidismo é a doença provocada pela produção insuficiente de hormônios da tireoide. Já o hipertireoidismo é o oposto, é um quadro provocado pelo excesso de produção de hormônios tireoidianos. A ordem para a tireoide aumentar ou reduzir a sua produção de T3 e T4 vem da hipófise, através de um hormônio chamado TSH (hormônio estimulador da tireoide, sigla em inglês). Algumas doenças fazem com que a tireoide fique excessivamente ativa e passe a funcionar de forma independente da hipófise, produzindo hormônios mesmo que não haja estímulo pelo TSH.

O T3 e o T4 sintetizados pela tireoide são lançados na corrente sanguínea, onde irão atuar em todas as células do nosso organismo, regulando o metabolismo das mesmas, ou seja, ditando o modo como as células irão transformar oxigênio, glicose e calorias em energia. Se a doença da tireoide ainda for branda e a elevação do TSH conseguir estimular a produção dos hormônios tireoidianos de forma a mantê-los em níveis adequados, o paciente não apresentará sintoma algum, já que os sintomas do hipotireoidismo só surgem quando os níveis de T4 livres estão baixos. Este é o caso do hipotireoidismo subclínico, que é uma forma inicial de hipotireoidismo.

Quando os níveis de T3 e T4 voltam a ficar satisfatórios, a hipófise sente esta normalização e automaticamente reduz a produção de TSH, reduzindo, consequentemente, o estímulo sobre a tireoide, evitando que esta passe a produzir hormônios em excesso. A partir deste ponto, podemos ter três situações distintas quando o TSH está elevado: Mais de 99 do T4 e do T3 circulantes na corrente sanguínea estão ligados a uma proteína chamada TBG (globulina ligadora de tiroxina, sigla em inglês). O T4 é, na verdade, um pró-hormônio, ou seja, um precursor do T3. 80 do T4 lançado na corrente sanguínea, ao chegar em órgãos ou tecidos, como fígado, rins, baço, músculos ou gordura é transformado em T3 para utilização das células. Apesar de serem doenças diferentes, com sintomas diferentes, o diagnóstico é feito da mesma maneira: através da dosagem dos hormônios tireoidianos no sangue, nomeadamente TSH e T4 livre. Quando há muito T4 livre na corrente sanguínea, a hipófise encontra-se “inibida”, praticamente sem produzir TSH, com níveis de sanguíneos abaixo de 0,1 mU/L (o nível mais baixo que conseguimos dosar). Estes são os casos de hipertireoidismo clínico. Uma situação completamente diferente ocorre quando o paciente tem níveis elevados de TSH, mas também de T4 livre.

A dosagem de anticorpos contra a tireoide, como o Anti-TPO, anti-tireoglobulina e TRAb são abordados em um artigo à parte, que pode ser acessado neste link: ANTICORPOS CONTRA TIREOIDE: anti-TPO, TRAb e anti-tireoglobulina Veja  figura acima e acompanhe o raciocínio. Quando existe pouco hormônio tireoidiano circulante, a hipófise sente essa deficiência e aumenta a secreção de TSH, dando ordem para que haja uma maior produção de T3 e T4 pela tireoide. Na imensa maioria dos casos, bastam as dosagens de TSH e T4 livre para podermos avaliar como anda o funcionamento da tireoide. Nesses casos, o paciente tem TSH elevado, geralmente acima de 10 mU/L e níveis baixos de T4 livre. Como o seu T4 livre está baixo, o paciente costuma ter os sintomas típicos do hipotireoidismo. A quantidade de T3 e T4 produzidas pela glândula tireoide é cuidadosamente controlada pelo sistema nervoso central, mais especificamente pela hipófise, uma glândula localizada na base do cérebro. Pacientes com hipotireoidismo não tratado podem ter níveis muito elevados de TSH, às vezes, acima de 100 mU/L. O problema mais uma vez será da hipófise, que diante de um nível baixo de T4 livre mostra-se incapaz de aumentar a liberação de TSH, de forma a estimular a tireoide a produzir mais hormônios e impedir que o paciente tenha hipotireoidismo.

O que são hipotireoidismo e hipertireoidismo?

Em geral, do total de hormônios produzidos pela tireoide, 80 são T4 e 20 são T3.

Apesar de ser produzido em menor quantidade, o T3 é um hormônio muito mais potente que o T4, sendo a sua concentração sanguínea a responsável direta por ditar o ritmo do metabolismo do corpo. Concluindo, a dosagem do T4 livre sanguíneo é o exame que nos dá realmente a noção de quanto hormônio tireoidiano potencialmente útil há na circulação. Se houver muito T4 livre circulante, haverá muita produção de T3 nos órgãos, levando ao hipertireoidismo. Se houver pouco T4 livre circulante, haverá falta de T3 para os tecidos, provocando o hipotireoidismo. Esses hormônios ligados à TBG são inócuos, não podendo ser utilizados pelos órgãos e tecidos. Portanto, apenas uma ínfima fração, chamada T4 livre e T3 livre são quimicamente ativas e podem modular o metabolismo do corpo. Apenas o T4 livre é capaz de ser transformado em T3 nos órgãos e tecidos. Portanto, o T3 é efetivamente o hormônio tireoidiano que age no nosso organismo, tendo sua origem predominantemente no T4 circulante. Apenas uma pequena parcela do T3 atuante é diretamente produzida pela tireoide. Os pacientes com hipotireoidismo subclínico costumam ter TSH um pouco elevado, entre 5,0 e 10,0 mU/L, e um T4 livre normal, entre 0. 7–1. 8 ng/dl. Em pessoas com a tireoide sadia, a quantidade de hormônios tireoidianos livres no sangue é mantida sempre de forma a não haver nem excessos nem insuficiência. Se há T4 livre a mais no sangue, a tireoide reduz a sua produção de T3 e T4. Por outro lado, se há sinais de que os níveis de T4 livre começam a ser insuficientes, a tireoide rapidamente começa a produzir mais T3 e T4, de forma a não deixar o metabolismo corporal desacelerar.

Source: https://examenget.com

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